PRAÇA DE BOLSO DO CICLISTA: UMA IDEIA A SER EXPANDIDA

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A revitalização do espaço abandonado foi realizada em parceria entre a comunidade, inciativa privada e o poder público

Por Saulo Schmaedecke

Em uma capital que já emplacou o título de cidade com média de dois carros por habitante, a realidade aos poucos começa a mudar. Idealizada em 2011 e inaugurada em 2014, a Praça de Bolso do Ciclista (PBC) é um exemplo a ser reproduzido na Cidade Industrial, por que não?

A descoberta de um terreno abandonado na rua São Francisco e que pertencia à Prefeitura foi o começo do que viria a ser a Praça de Bolso, que está a 200 metros do tubo da Estação Central. Hoje os 127m da praça servem de palco para oficinas, saraus de leitura, shows, exibição de filmes e feiras de produtos diversos.

Resultado de quatro anos de negociação entre a sociedade civil e o poder público, o projeto também contou com o apoio dos cicloativistas da CicloIguaçu, ONG dedicada a “criar uma interface de diálogo construtivo com o poder público a fim de consolidar o desenvolvimento de políticas de ciclomobilidade”, bem como com o apoio da iniciativa privada em forma de doações.

O esforço da população local foi decisivo na realização da PBC, que aos finais de semana recebia grupos de pessoas interessadas em criar um novo local de convivência na cidade, revitalizando um espaço público que até então estava esquecido. É preciso mobilizar e conscientizar a vizinhança da necessidade de ocuparmos melhor os nossos espaços.

Segundo o arquiteto do projeto, Gabriel Gallarza, “a ideia foi construir em forma de mutirão, totalmente colaborativa”, uma fórmula que tem resultados certos e impressionantes.“ A Prefeitura abriu o depósito da Secretaria de Obras e Meio Ambiente e nós pegamos peças que estavam estocadas para construir a praça. Além de não trazer gastos para a Prefeitura, preservamos o meio ambiente”, relata o arquiteto.

Para a ideia sair do papel, Goura Nataraj, idealizador da Praça de Bolso dá uma dica valiosa e revela a possibilidade de uma cidade mais humana: “não adianta você ficar esperando as coisas cairem do céu, o poder público fazer por você: faça você mesmo”, propõe o vereador e cicloativista. 

Confira o vídeo: https://steller.co/s/6LTrmfWkS9K

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