Alunos do Colégio Estadual Arlindo Carvalho de Amorim vencem desafio de tecnologia
Por Larissa Santin
A WAAS (We Are All Smart, do inglês, Somos Todos Espertos) atua desde 2015 em fomentar projetos de tecnologia voltado a jovens. Em 2016 fizeram um piloto na cidade de Guaraqueçaba, com 150 jovens, participando pela primeira vez de uma maratona de tecnologia. Posteriormente, ainda no ano de 2016, formaram a primeira turma na cidade industrial de Curitiba, no Colégio Estadual Arlindo Carvalho de Amorim, com encontros semanais, com a proposta de ensinar tecnologia a jovens do bairro. Dentre os assuntos abordados em sala de aula estão a eletrônica, programação e robótica, também preparação para apresentações (pitchings) e organização de projetos.
O Hackaton é uma maratona realizada por empresas, onde pessoas de diferentes perfis trabalham em conjunto para desenvolver um produto. Os alunos mostraram interesse em participar dos eventos, e foram preparados e inscritos pelos voluntários da WAAS. A equipe vencedora contava com profissionais da comunicação, software e também com os novos talentos, Jennifer, Mateus e Raul.
Rennan Felipe Alves de Chaves é um dos idealizadores do projeto e leciona desenvolvimento de metodologia em robótica para os alunos, no contraturno. “Nós abrimos as inscrições e é importante dizer que não temos critérios de avaliação. Os alunos são selecionados por ordem de chegada. Assim garantimos que dentro de sala de aula estejam apenas aqueles alunos que estão realmente interessados”, conta o professor.
Desafio tecnologia Instituto Bosch
Os alunos também apresentaram um projeto ao Instituto Bosch e venceram. O produto é um robô virtual que auxilia pais de primeira viagem com dúvidas comuns, mas foi adaptado a necessidade da empresa, que possui longos manuais de instrução de suas máquinas e equipamentos. Portanto, um robô virtual que armazena as informações do equipamento e o usuário pode digitar a pergunta e obter a resposta, em forma de chat.
Space Apps Challenge
Nove jovens do projeto WAAS participaram da Hackathon
da NASA e três deles venceram a competição em Curitiba
e ganharam a oportunidade de competir internacionalmente
para acelerar seus trabalhos na incubadora da NASA.
A primeira ideia do grupo vencedor era utilizar um
drone para realizar mapeamento, porém, observaram a
popularização do uso desse equipamento e resolveram
inovar, usando ondas de rádio. É um dispositivo que
auxilia bombeiros a encontrar focos de incêndios
em locais remotos, utilizando os satélites da NASA.
“Nós descobrimos que existe um programa que envia
as coordenadas do local de incêndio por e-mail. Mas
como o local pode ser remoto e sem conexão com internet,
nós convertemos as coordenadas do e-mail
em ondas sonoras, o rádio identifica e mostra na tela
do bombeiro as coordenadas do incêndio”, conta Raul.
“Eles passaram por três bancadas que selecionam
os projetos, e eles ganharam em primeiro
lugar em Curitiba. Então eles têm a oportunidade
de ir para os Estados Unidos ver um
lançamento de foguete na NASA, em novembro. Eles
também receberam a oferta de um mês de intercâmbio
por uma universidade canadense, em fevereiro,
eles já estão se preparando”, ressalta o professor.
Todas as terças-feiras, no contraturno, a equipe
se reúne para lapidar o projeto e a língua inglesa.
“As ideias vêm naturalmente, o problema é
que antes da WAAS eu não sabia como colocar em
prática. Eu quero criar tal programa para resolver
tal problema, e hoje eu já tenho uma noção de como
fazer. No futuro quero trabalhar com tecnologia, ser
dono de uma empresa, ou algo do tipo”, finaliza Raul.