Para ajudar os interessados em adotar um amigo bicho neste começo de ano, a veterinária Cláudia Terzian, da Rede de Proteção Animal da Prefeitura de Curitiba, preparou algumas respostas às principais dúvidas das pessoas na hora de escolher um cão para levar para casa.
Depois, é só ir até o Centro de Referência para Animais em Situação de Risco (Crar), que fica na Rua Lodovico Kaminski, 1.381, na CIC, onde existe uma campanha permanente de adoção.
O local atende todos os dias, das 9h às 12h e das 14h às 16h30, e em regime de plantão nos feriados, das 9h às 12h e das 13h30 às 15h30. Basta levar os documentos – CPF, RG e comprovante de residência – e assinar o termo de adoção responsável.
Lá, os veterinários também estarão disponíveis para orientar os adotantes. Estão disponíveis cães e gatos resgatados de situações de maus-tratos, castrados e vacinados.
Como eu escolho o cão que devo levar para casa?
Embora o mais comum seja a escolha pela aparência, Cláudia indica que se preste atenção nas características físicas e no temperamento do animal. “Um exemplo seria escolher um cão dócil e calmo, um pouco mais velho, para conviver ou fazer companhia a uma pessoa mais idosa”, explica a veterinária da Rede de Proteção Animal. No caso citado, não seria uma boa ideia adotar um filhote que pula, mordisca ou pode arranhar.
O animal vai, necessariamente, soltar pelo? Como deve ser o cuidado e manutenção com a pelagem?
Cães de pelo duro (espetado) ou de pelo lanoso (enroladinho) soltam muito menos pelo do que os de pelo curto e denso. “Desta forma, devo pensar se ele ficará dentro ou fora de casa e se estou disposto a limpar uma grande quantidade de pelo diariamente”, aconselha a veterinária. Outra questão é o tempo e cuidado exigido pelo tipo de pelagem, como banho, tosa ou escovação para desembaraçar os nós. Se não houver disponibilidade, a melhor opção será por um cão de pelo curtinho.
Tenho o espaço e estrutura necessários para que o animal que escolhi tenha bem estar e segurança?
Parece algo simples, mas muitas vezes as pessoas só descobrem depois da adoção que o cão é grande demais ou consegue pular o muro ou portão da casa, conta Cláudia. E acabam mantendo o animal preso a uma corrente ou canil, tirando a possibilidade daquele cão ser adotado por quem tem uma residência mais espaçosa ou da qual ele não escape.
Fico o dia todo fora de casa. Posso adotar?
Claro que sim. Mas saiba que cães são animais extremamente sociais e necessitam ter contato com pessoas ou com outros cães. Para uma pessoa que mora num apartamento e sai todos os dias por mais de oito horas, é preferível que adote um ou dois gatos.
Cães e crianças sempre são uma boa combinação? Que cuidados se deve tomar?
Sim, sempre. Mas mesmo que o cão tenha excelente temperamento, crianças jamais devem ficar sem supervisão de um adulto.
Filhotes ou adultos, como saber qual escolher?
A maior parte das pessoas quer adotar um filhote e criá-lo e educá-lo a seu modo. Porém nem sempre têm tempo ou ânimo de enfrentar todos os problemas como destruição dos móveis ou o xixi fora do lugar. O cão adulto dificilmente terá grandes alterações em seu comportamento. Vantagem para eles, nesse caso.
O que fazer ao adotar um cão vítima de maus tratos?
Um ambiente tranquilo, com pessoas coerentes, influencia muito o comportamento do cão, mas se ele foi mal socializado quando filhote, for possessivo ou muito agressivo, pode ser necessária a ajuda de um profissional especializado. “Tenha certeza que pode lidar com o problema, caso o comportamento não mude”, aconselha.
Já tenho um cão, como escolher o segundo animal?
O ideal, indica Cláudia, é procurar cães que tenham temperamento dócil com outros cães. Também funciona fazer combinações diferentes: se tem em casa um macho menor, adotar uma fêmea de maior porte e vice-versa. Quanto mais parecidos os cães que vão conviver, menos chance de dar certo.
Serviço: Campanha de Adoção Permanente de Animais
Local: Centro de Referência para Animais em Situação de Risco (Crar) – Rua Lodovico Kaminski, 1.381, CIC
Horários: todos os dias, das 9h às 12h e das 14h às 16h30. Nos feriados, em regime de plantão, das 9h às 12h e das 13h30 às 15h30.