Brasil tem taxa de gravidez na adolescência bem acima da média mundial
Por: Mariana Lima / Observatório do Terceiro Setor
Mulheres que passaram por uma gestação durante a adolescência chegam a ter uma redução de 30% em seus salários. Essa foi uma das conclusões de um estudo produzido na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba.
O objetivo do estudo era analisar como a gravidez na adolescência poderia afetar economicamente a vida das mulheres.
A pesquisa ainda revelou que a gravidez de mulheres com menos de 20 anos causa uma queda de 1,3 ano na escolaridade e reduz a probabilidade de entrar no mercado formal em 12%.
O levantamento compõe um projeto que examina o impacto da gravidez precoce na educação, alfabetização e no mercado de trabalho em quatro países da África e no Brasil.
Os resultados apontados pelo estudo sobre as adolescentes brasileiras foram obtidos através da análise de dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada em 2013 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Vale ressaltar que o Brasil tem uma taxa de gravidez na adolescência bem maior que a média mundial, de acordo com um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado em 2018.
No mundo, a taxa é de 46 nascimentos para cada 1 mil meninas entre 15 e 19 anos, enquanto a taxa na América Latina e no Caribe é de 65,5 nascimentos, superada apenas pela África Subsaariana. No Brasil, a taxa é de 68,4 nascimentos para cada 1 mil adolescentes.
Para conferir o estudo completo, em inglês, clique aqui.
Fonte: Jornal USP