Vacinas evitam de 2 milhões (o que daria uma média de 4 por minuto) a 3 milhões de mortes por ano, e poderiam salvar mais 1,5 milhão de vidas se sua aplicação fosse ampliada, afirma a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Para a Universidade de Oxford, do Reino Unido, esta estimativa é cautelosa. Somente a varíola, por exemplo, matou 300 milhões de pessoas no século 20, até ser erradicada do mundo em 1977.
Há estimativas que apontam que as vacinas salvem cerca de 5 milhões de vidas por ano.
Entre as doenças para as quais existem vacinas estão difteria, sarampo, coqueluche, poliomielite, rotavírus, pneumonia, diarreia, rubéola e tétano. A maioria dessas doenças foi controlada ou eliminada no Brasil após campanhas de vacinação, mas pode voltar rapidamente se o patamar de pessoas vacinadas cair, como ocorreu com o sarampo.
Em 2017, um grupo de 21 pesquisadores calculou as perdas causadas por dez doenças que podem ser evitadas, entre elas sarampo, rubéola e hepatite B. A estimativa envolve 73 países em desenvolvimento que são apoiados pela Aliança Global para Vacinação e Imunização (Gavi), entre eles Bolívia, Etiópia e Paquistão.
As projeções indicam que o programa ajuda a evitar 350 milhões de casos de doença, 14 milhões de mortes e 8 milhões de casos de incapacidade permanente.
O estudo faz os cálculos para duas décadas, de 2001 a 2020, a partir de custos de internação, medicamentos e transporte e perda de produtividade, entre outros pontos. Da economia total estimada de US$ 350 bilhões — o que dá US$ 45 milhões por dia, equivalentes a R$ 250 milhões —, US$ 240 bilhões correspondem ao que seria a renda na vida adulta dessas pessoas que morreram prematuramente.