WAAS INICIA A 4a OFICINA GRATUITA DE ROBÓTICA, DESSA VEZ NA VILA VERDE

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Ele traz a proposta de expandir o olhar dos jovens para o inicio de uma carreira
profissionalizante.

Por Luna Gomes

O curso de robótica que o projeto WAAS oferece para jovens de 14 a 16 anos iniciou nessa quinta-feira (21) no teatro Peça a Peça, na Vila Verde. Já em sua quarta edição, o curso está sendo bem aceito e almejado pelos jovens da comunidade, pois as inscrições, que ocorreram na segunda-feira (18) das 14h às 17h, acabaram em menos de uma hora.
A pedagoga Amanda Rodrigues, que acompanhará as turmas, informou que às 11h30min já tinham jovens na fila de inscrição e que, além das 25 vagas que preenchidas, ficaram 15 na fila de espera. Marineide Maia, gestora da oficina profissionalizante do projeto Robert Bosch, disse que os alunos da fila de espera ficarão cadastrados em um banco de dados para que, assim que surgir uma nova versão do curso (no segundo semestre desse ano) eles sejam chamados. Além disso, “a ideia é sempre pegar dois ou três dessa fila caso tenha alguma desistência no início do curso”, comunica Maia.
No primeiro dia de aula os alunos fizeram uma dinâmica de apresentação e conheceram o lugar onde vão realizar o curso. Pedro Henrique (14) está fazendo novamente o curso e conta que tem muito interesse em assuntos de mecânica, por esse motivo ele escolheu a robótica para ter certeza se era isso que queria. “Quando apareceu esse curso quis fazer para saber como era. É muito legal, eu sempre gostei e agora é uma das opções para continuar os estudos. Estou fazendo de novo para poder aprender mais”, conta o aluno, que esse ano chegou ainda mais cedo para as inscrições. Ele ganhou em primeiro lugar no hackateen do ano passado com um projeto para deficientes visuais, o qual consistia em um aparelho que detectava objetos na frente e emitia um
barulho para avisar.
Marlus Zabla (14) que também é um dos alunos, disse que entrou na metade do curso no ano passado e quis fazer novamente para conseguir acompanhar desde o começo. Ele ganhou em terceiro lugar no Hackteen com um projeto de acender ou ligar coisas através de um aplicativo Bluetooth. “Fiz para deixar a vida das pessoas mais prática e ajudar pessoas com deficiência. Esse era o
tema do hackateen” explica o aluno. Sobre a expectativa para esse ano ele fala que quer ganhar em primeiro lugar no Hackateen.
Um dos fundadores da WAAS Rennan Felipe conta que a ideia do projeto é que o jovem não só consuma como também possa produzir a tecnologia que ele queira utilizar. Mesmo sendo realizada em um espaço de cursos profissionalizantes e abrindo portas para uma possível carreira, Rennan esclarece que “a ideia não é ser profissionalizante, mas é ensinar para eles
(jovens) várias ferramentas que ele podem utilizar no seu dia-a-dia. É um passo antes da profissionalização. É mostrar tudo o que ele tem disponível ali e os caminhos que ele pode andar”. Sendo assim, a tecnologia entra como um
meio de descoberta, pois, além disso, os alunos aprendem técnicas de gestão de projetos e trabalho em equipe, expandindo a visão deles. Os cursos também são oferecidos no Projeto Vida, localizado no Barigui, e no
Colégio Estadual Eurides Brandão.

Hackateen é um caminho para conhecer a NASA

Marineide explica que no final do primeiro semestre os alunos fazem o hackateen (uma adaptação do hackathon, maratona de desenvolvimento tecnológico), o qual é proposto aos alunos uma problemática que eles precisam desenvolver com uma solução tecnológica e depois apesentar o planejamento e prototipagem para uma banca de professores.
Ano passado três alunos desenvolveram um projeto que o agricultor recebia mensagens no celular (através das ondas de rádio) alertas de queimadas para que eles tomassem alguma providência. “A NASA adorou a ideia – pois eles só tinham via internet, e os agricultores no campo não têm acesso – e os alunos foram convidados para conhecer a NASA”, conta a gestora. Além disso, Rennan Felipe conta que dois alunos se inspiraram nesse projeto da NASA e também desenvolveram uma ideia para inundações, a qual avisa às pessoas que moram nas proximidades dos rios a possibilidade de uma enchente. “Eles não resolvem o problema das enchentes, mas conseguem definir com 5 minutos de antecedência. A ideia deles é acionar uma sirene para
a população sair com segurança de casa”, conclui o fundador da WAAS.

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