Na madrugada última sexta-feira (18/1), Maria de Lourdes Nogueira, 78 anos, sentiu dores no peito e precisou de ajuda imediata. A família a levou para a UPA CIC, reaberta em agosto do ano passado pela Prefeitura.
“Eu estava no trabalho e quando me contaram que trouxeram ela para cá, soube que ia ficar tudo bem”, disse a filha Arlete Aparecida Nogueira, cozinheira, 48 anos. “Desde que a UPA reabriu, melhorou 100%. O médico logo fez a consulta e todos aqui são muito atenciosos”, contou Arlete, em uma das salas de observação da unidade.
Nos cinco primeiros meses de atendimento – desde a reabertura, em 16 de agosto, até 16 de janeiro- foram realizados 45.419 atendimentos na unidade. Com capacidade para fazer até 450 atendimentos diários, a UPA CIC é a primeira Unidade de Pronto Atendimento de Curitiba a funcionar com gerenciamento realizado por uma Organização Social (OS).
“A organização social tem se mostrado bastante ágil, prestando os serviços de acordo o previsto no contrato de gestão e temos recebido elogios da comunidade”, destacou a secretária municipal da Saúde, Marcia Huçulak.
A diarista Anna Laura Siqueira, 20 anos, elogiou o serviço prestado ao filho, David Matheus, de 3 anos, que precisou de atendimento por mal estar seguido de vômitos. “Facilitou muito poder trazê-lo aqui. Antes, no caso de uma emergência, eu precisava pegar três ônibus e ir lá no Pinheirinho”, contou Anna Laura.
Investimentos
O novo modelo adotado pela prefeitura para na UPA CIC tem trazido aos cofres municipais uma economia mensal de R$ 408.651,00.
Em cinco meses de funcionamento, já foram economizados R$ 2 milhões. Isso porque o repasse mensal estabelecido em contrato com a OS que pode chegar em até R$ 1.697.200,00 – 19,5% menos que no modelo tradicional.
Desde de a reabertura da UPA até 22 de janeiro, foram pagos à OS um total de R$ 7.551.595,22 pelos serviços prestados.
Outra vantagem é a celeridade na contração de funcionários, serviços e compra de materiais e insumos, o que permite adequar mais rapidamente a estrutura do serviço à demanda do momento por atendimento.
Fiscalização contínua
Os valores são pagos após aprovação da Comissão de Acompanhamento do Contrato de Gestão, responsável por fiscalizar permanentemente a atuação da organização social na UPA.
A comissão é formada por integrantes das secretarias da Saúde, de Finanças, Recursos Humanos e de Administração, além de dois membros do Conselho Municipal de Saúde, órgão que garante fiscalização direta do cidadão no controle e na elaboração de políticas para a gestão da Saúde na cidade.
O grupo avalia mensalmente indicadores quantitativos e qualitativos previstos no Contrato de Gestão. A avaliação desses itens influencia, inclusive, no repasse da remuneração à entidade.
Entre os indicadores, estão o número de atendimentos, preenchimento correto dos prontuários, tempo de espera dos pacientes, utilização de protocolos, exigência de capacitação permanente dos profissionais.