A Casa da Mulher Brasileira (CMB) completa três anos com 34 mil atendimentos a vítimas de violência doméstica em Curitiba.
É referência nacional no acolhimento das mulheres e seus filhos, porque reúne todos os serviços públicos necessários para que elas possam sair do ciclo de violência.
O prefeito Rafael Greca e a primeira-dama Margarina Sansone estiveram a casa, na tarde desta sexta-feira (14/6), em visita à Delegacia da Mulher, que passou a funcionar no local em março deste ano.
“A presença da delegacia dentro da casa garante que as vítimas sejam imediatamente protegidas. Elas encontram todos os serviços no mesmo lugar”, explica o prefeito.
Segundo a delegada Eliete Kovaliuk, a delegacia soma com os demais órgãos que já estão na casa, incluindo a atenção psicossocial, o que torna o atendimento mais humanizado”, disse.
A Casa a Mulher Brasileira, começou a funcionar no dia 15 de julho de 2016. É uma das cinco unidades no Brasil com todos os serviços funcionando normalmente.
Foi um suporte para que Priscila (nome fictício) de 20 anos, saísse de um relacionamento abusivo. “Eu achava que não era capaz, mas quando vim aqui fui acolhida com muito carinho. Me senti forte para dar um basta”, conta a vítima.
Rafael Greca lembrou, ainda, do pioneirismo do município na criação da primeira casa de acolhida à mulheres vítimas de violência.“A Pousada de Maria nasceu do coração da Margarita, em 1993, para acolher mulheres e seus filhos”, disse o prefeito.
Serviços
Entre os serviços disponíveis na Casa da Mulher Brasileira estão o de escuta qualificada, a Delegacia da Mulher, alojamento de passagem para a família, Juizado, Ministério Público e Defensoria Pública. A estrutura tem ainda o apoio da Polícia Militar, que faz operações de busca dos pertences das vítimas, e da Patrulha Maria da Penha que trabalha para que medidas protetivas sejam respeitadas por meio de visitas periódicas às residências.
Segundo Sandra Praddo, coordenadora da casa, as mulheres que sofreram algum tipo de violência, seja física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral encontraram no local serviços integrados e a possibilidade de se libertar do ciclo de violência.
“O acolhimento, triagem e apoio psicossocial da Casa funcionam 24 horas, durante todos os dias do ano”, explica Sandra.
Orientação Profissional
Ainda nesta sexta-feira, cerca de 100 mulheres que foram atendidas na Casa da Mulher Brasileira e na Pousada de Maria, puderam participar de uma conversa sobre empregabilidade.
A ação é uma parceria entre o Programa de Orientação Profissional do Sine e o Portal Vocacional e também pretende auxiliar no processo de inserção ao mercado de trabalho, orientar e preparar para a busca de vagas de emprego.
“Uma das principais políticas públicas desenvolvidas pela Prefeitura é a qualificação profissional destas mulheres e facilitar acesso a vagas de emprego. Isso porque, muitas mulheres permanecem com os agressores por não serem autônomas financeiramente”, explicou Elenice Malzoni, assessora de Diretos Humanos e Política para Mulheres da Prefeitura.