Em um dia, o Mercado Municipal de Curitiba doou mais de meia tonelada de produtos para o Banco de Alimentos, que destina frutas, hortaliças e legumes para doação, alimentação animal ou compostagem. As equipes da Secretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional e da Universidade Federal do Paraná contabilizaram em 530kg de doação vinda de comerciantes do mercado.
O levantamento, divulgado nesta terça-feira (17/9), foi feito para se estabelecer uma estimativa de arrecadação e padronização dos produtos que vão ao Banco de Alimentos, que entra em funcionamento pleno no fim desse mês. Dos 530kg, 277kg são alimentos destinados ao consumo, 147kg para serem feitos compostagens e 106kg para alimentação animal.
No momento da doação dos produtos, as equipes, acompanhadas pela professora Selmas Cubas, da Universidade Federal do Paraná, separam o que vai ser destinado às entidades sociais para alimentação. São produtos como pêssegos, alfaces, batatas, tomates, cacau, que sofreram alguma avaria, mas sem perda do poder nutricional.
Todo o material foi coletado pelas equipes do Mesa Brasil, programa do Serviço Social do Comércio (Sesc) que recolhe alimentos para doação a entidades sociais.
Consumo animal e compostagem
O material coletado para alimentação animal é similar ao coletado para consumo humano, porém são aqueles que estão mais murchos, no caso das folhosas ou das frutas, que iniciam o processo de apodrecimento. Já aqueles que apresentam algum tipo de fungo vão para a compostagem, virando material orgânico, que pode ser empregado futuramente para adubar hortas comunitárias ou hortas caseiras.
A princípio, o material coletado ficará provisório acomodado em uma banca isolada por vidros, até o seu recolhimento. Futuramente, o Mercado terá um espaço especial para o armazenamento de todo este material e também uma área para a separação dos produtos.
O Banco de Alimentos irá ocupar um imóvel de 120 metros quadrados, na Rua da Paz, dentro do complexo do Mercado Municipal.
Haverá uma área de separação e higienização dos alimentos recolhidos, um setor climatizado para acondicionamento das frutas e verduras que serão distribuídas a entidades cadastradas e também um local para descarte dos resíduos que, realmente, são lixo e não poderão ser consumidos.
A estimativa é que sejam doadas 15 toneladas de alimentos mensalmente a 150 entidades sociais, beneficiando cerca de 15 mil pessoas carentes.