DIA MUNDIAL DAS CIDADES

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Por Pier Petruzziello. Advogado, pós graduado em Gestão Pública, vereador de Curitiba e líder do governo na Câmara Municipal.

Já faz algum tempo que tenho pensado sobre o direito, que cada um de nós, possuí sobre as cidades que habitamos. Minha jornada em busca da inclusão e acessibilidade fez germinar essa reflexão e tenho buscado, sempre que possível, evoluir meus conceitos sobre isso.

Semana passada, durante minha participação no evento Circuito Urbano, tive a oportunidade de ouvir falas importantes como, por exemplo, a do meu colega Coronel Mauro Monteiro, presidente do CONCICLO, que definiu o espaço de trânsito urbano como ambiente democrático, já que transitam pela cidade desde proprietários dos carros mais luxuosos, até as pessoas em situação de rua. Isso é fantástico, mas até que ponto conseguimos sustentar esse conceito de justiça urbana?

É necessário que todos os dias e em especial dias como 31 de outubro, dia mundial das cidades, a gente se permita questionar qual a nossa participação no processo evolutivo desse espaço que nos pertence, mas que também pertence aos outros. Devemos refletir sobre mobilidade urbana, devemos refletir sobre modernização e sobre todos esses outros assuntos que fazem brilhar os olhos de todos que amam inovação.

Porém, não podemos nos esquecer de refletir sobre acessibilidade arquitetônica, que garante as pessoas com deficiência o trânsito livre e independente. Não podemos deixar de refletir sobre saúde mental, como prevenir e como reinserir socialmente pessoas que sofrem com essas doenças e que muitas vezes são lançadas a situação de vivência na rua, por falta de outras oportunidades. Não podemos subjugar a importância das hortas urbanas, que contribuem com a ressignificação de espaço, com o convívio social e com a segurança alimentar.

Falar do nosso direito as cidades, é falar sobre como iremos investir em inovação nas mais diversas áreas, sem esquecer de evoluir também nossos conceitos e promover sempre o respeito as diferenças. E aí, o que você tem feito pela sua cidade e, principalmente, pelas pessoas que nela habitam?

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