LEVANTAMENTO DO GOOGLE ANALISA AS BUSCAS SOBRE A COVID 19

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Desde março de 2020, a expressão “sintomas covid” é o que os usuários mais buscam no Google em relação à Covid-19. A cada vez que o número de buscas pelo termo disparava, a tendência se repetia no número de novos casos diagnosticados nas semanas seguintes.

O primeiro recorde ocorreu logo após as festas de fim de ano; o segundo, mais alto, após o Carnaval. Para comparar o número de buscas com o de novos casos por semana, o Google News Lab criou uma escala de 0 a 100 para trazê-los a uma base comum.

Por essa régua, o Google também avaliou as variações de interesse nos estados brasileiros pelos três sintomas recorrentes: “falta de ar”, “não sinto gosto” e “não sinto cheiro”, além das pesquisas por “UTI”.

Na semana de 27 de dezembro, com os feriados de Natal e Ano Novo, o número de buscas por “sintomas covid” no Google atingiu, pela primeira vez, 100 pontos na escala formulada pela empresa.

Isso significa que o interesse dos brasileiros pelo termo no momento foi o maior desde o início da pandemia.

Após 14 dias, na semana de 10 de janeiro, o número de novos casos diagnosticados chegou a 379.896, batendo o recorde verificado sete dias antes e se tornando o mais alto já registrado até então.

Depois de atingir o pico na semana das festas de fim de ano, as buscas por “sintomas covid” passaram todo o mês de janeiro em queda, indo de 100 para 52 pontos. O interesse só voltou a subir na semana do Carnaval, em 14 de fevereiro. Sete dias depois, um novo recorde de novos casos foi registrado: 380.391 diagnósticos.

Desta forma, houve um aumento de 60% em fevereiro do interesse dos brasileiros por “sintomas Covid”. O número de buscas pelo termo no Google foi de 52 pontos na escala, patamar registrado em 7 de fevereiro, para 83 pontos na semana do dia 28.

Já a primeira semana de março confirmou a tendência de registrar novos recordes no número de casos ao se tornar a mais letal da pandemia, com 421.604 novos casos e 10.183 mortes em sete dias, o equivalente a uma vítima por minuto.

Vale ressaltar que, de acordo com o levantamento, um terço dos estados para os quais já havia dados sobre março de 2021 bateram recorde nas buscas pelos principais sintomas da Covid-19.

Goiás, Santa Catarina e Tocantins atingiram os 100 pontos na pesquisa por “falta de ar”. Já Maranhão, Paraná e Rio Grande do Sul chegaram a este patamar na busca por “não sinto gosto”.

Atualmente, o estado com mais buscas pelo terceiro sintoma, “não sinto gosto”, é São Paulo, com 91 pontos. Este é o segundo nível mais alto no estado desde o início da pandemia, superado apenas pelo de maio de 2020 (100 pontos).

Nos últimos meses, a procura por “UTI” quadruplicou no Amazonas. O estado foi de 24 pontos na escala em novembro para 100 em fevereiro, um aumento de 317%.

De dezembro para janeiro, as buscas dobraram, refletindo a grave crise que assolou o estado após o Natal. O número de internações, casos e mortes explodiu e, no meio de janeiro, pacientes chegaram a morrer asfixiados por falta de oxigênio.

Já no Tocantins, as buscas por “UTI” aumentaram 163% em comparação a janeiro e chegaram ao patamar mais alto desde o início da pandemia.

Outros dois estados também chegaram aos 100 pontos na escala: Rio Grande do Sul, com aumento de 64%, e Amazonas (32%).

Na semana de 22 de março de 2020, o tempo médio que os brasileiros passaram em casa teve o maior aumento, de 21%. Na de 7 de fevereiro de 2021, porém, a quantidade de horas diárias em casa foi apenas 5,6% maior que a de antes da pandemia.

O Google mede o isolamento social não pelo número de indivíduos, mas pelo aumento percentual na quantidade média de horas que as pessoas passam em casa.

Para isso, a empresa uso como referência uma jornada de trabalho de 8h e deduz, com isso, que o máximo de crescimento percentual desse índice é de 50% (16 horas passadas em casa normalmente +8h fora de casa = 24h).

Por: Mariana Lima / Observatório do Terceiro Setor
Fonte: Revista Piauí

 

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