Por: Isabela Alves
Entre 2011 e 2020, o número de registros de união estável de casais homoafetivos passou de 1.531 para 2.125, e o de casamentos, de 3.700 para 8.472, sendo este um aumento de 28% e 138%, respectivamente.
Os dados são de um levantamento realizado pela Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg), a pedido da Universa.
Agora em maio, completaram-se dez anos desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, equiparar os direitos de casais homoafetivos aos direitos de casais heterossexuais. A decisão reconheceu como família a união entre dois homens ou duas mulheres e os filhos do casal.
Um fato curioso é que, no ano de 2018, mesmo ano de eleição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), houve uma alta de 61% nos casamentos em relação ao ano anterior. O presidente sempre fez comentários homofóbicos e chegou a dizer que preferia ter um filho morto a um filho gay.
Especialistas da causa apontam que a possibilidade de casais homoafetivos se casarem legalmente foi fundamental para que outros direitos fossem conquistados pela população LGBTQIA+ ao longo dos anos, como o nome social para pessoas trans, em 2016; a criminalização da homofobia e da transfobia, em 2019; e a permissão para doar sangue, em 2020.
Fonte: UOL