Estudantes ajudam a preservar córrego na Vila Nossa Senhora da Luz

Foto:Divulgação/SME

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Via SMCS

O projeto dos estudantes da Escola Municipal Albert Schweitzer sobre a recuperação da identidade e saúde do Córrego da Ferrovila, na Vila Nossa Senhora da Luz, vai representar as escolas públicas de Curitiba na etapa estadual da V Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (V CNIJMA).

O evento acontecerá de 7 a 10 de abril, em Foz do Iguaçu, reunindo as melhores experiências produzidas no Paraná, por estudantes do 6º ao 9º ano, do ensino fundamental, a partir do tema “Vamos cuidar do Brasil cuidando das águas”.

Promovida pelos ministérios da Educação e Meio Ambiente, a V CNIJMA é uma ação de educação ambiental que fomenta o debate socioambiental entre estudantes de 11 a 14 anos, de escolas públicas. A Conferência Nacional acontecerá em Brasília, de 15 a 19 de junho.

Cuidado com o rio

O projeto sobre o córrego Ferrovila – que passa próximo à escola –  nasceu da percepção dos estudantes do 9º ano, de que os moradores da região desconheciam o nome do veio de água, referindo-se a ele como “Valetão”.

“Nossa hipótese é a de que, chamar de valetão, diminui a consciência ambiental das pessoas, isso faz com que o espaço seja tratado como esgoto, não como um riacho. O termo pejorativo faz com que se ignore a importância que o local tem para o bairro”, disse Olívia Stefany Marques dos Santos, de 13 anos. A estudante foi escolhida para ser a delegada de Curitiba durante a conferência em Foz do Iguaçu.

A constatação da turma aconteceu durante uma aula de campo, às margens do córrego, onde havia grande quantidade de lixo, além de descargas de água malcheirosa. “Deduzimos que pode estar acontecendo o despejo de água contaminada e de que algo urgente precisa ser feito”, afirmou Rhyan Jesus Pereira da Silva, de 13 anos.

O propósito do grupo para reverter o problema é o de resgatar e divulgar o verdadeiro nome do Córrego da Ferrovila na comunidade. Os estudantes participaram de aulas sobre bacia hidrográfica, analisaram material coletado e encontraram protozoários na água. Observaram um trecho de trilho de trem, coberto por asfalto em um segmento da rua que pode ter sido a origem do nome do córrego. Todas as ideias foram anotadas e debatidas.

Mutirões

A decisão coletiva foi agirem como agentes multiplicadores da conscientização no bairro. Ao longo deste ano desenvolverão ações como buscar ajuda junto aos órgãos responsáveis para limpar e sinalizar o córrego, instalar lixeiras nas proximidades, promover mutirões para a recuperação da mata nativa, além de divulgar informações sobre a bacia hidrográfica da região.

Vídeo

O trabalho foi registrado e transformado em vídeo, publicado em uma rede social. Todas as etapas, do roteiro à edição, foram feitas pelos estudantes, a partir da orientação e participação das professoras de Ciências, Elaine Kovaleski, Amanda Nogueira e dos professores de geografia, Thiago Ferreira e Sandro de Assis e Silva.

O projeto, explicou a professora Elaine, ampliou os conhecimentos dos estudantes em outros conteúdos além de ciências, geografia, e preservação ambiental. “Eles se tornaram mais críticos, resgataram histórias de famílias, evoluíram nas questões relacionadas à oralidade e argumentação. Isso tudo aconteceu à medida que expandiram a consciência ambiental e social”, disse Elaine.

Participar do projeto, conta Olívia, foi uma oportunidade de autoconhecimento. “Foi uma chance para que eu descobrisse algumas habilidades, como a de falar em público, defender o meu ponto de vista, produzir vídeos”, disse Olívia. “Agora tenho a responsabilidade de representar os meus colegas e as outras escolas da cidade”, completou a estudante.

 

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