No primeiro mês de reabertura da UPA CIC, completado no dia 16 de setembro, foram contabilizados 8.563 atendimentos. O modelo de gestão com gerenciamento feito por organização social (OS) – que permite uma economia mensal de R$ 408.651,00 aos cofres municipais -, foi aprovado pela população. O custo mensal da unidade é de R$ 1,6 milhão – 19,5% a menos do que no modelo tradicional –, sendo que os serviços e a estrutura são os mesmos.
Assim como as demais oito UPAs de Curitiba, a da CIC tem o perfil voltado para o atendimento prioritário dos pacientes de urgência e emergência. Das 2 mil pessoas atendidas na primeira semana, porém, apenas 456 (23%) tinham casos considerados de urgência ou emergência. A maior parte dos pacientes atendidos na primeira semana na UPA CIC – 77% (1.546) – tinha casos considerados de pouca ou nenhuma urgência e emergência. Nestas situações, é possível que a espera seja maior, uma vez que a priorização é para os casos em que há risco de vida.
A UPA CIC foi fechada em novembro de 2016, no final da gestão anterior. Para recolocá-la em funcionamento, a atual gestão precisou investir R$ 300 mil na reforma da unidade de 1.814 metros quadrados, incluindo completa revisão elétrica e hidráulica, pintura geral interna e externa, revisão da cobertura, substituição de esquadrias de alumínio, troca do piso, instalação de cerâmica, recuperação dos portões e grades, aberturas de vão em portas para garantir acessibilidade, adequação de pontos de água e esgoto e a instalação de barras para acessibilidades.
SISTEMA ÁGIL
Além da economia, uma das principais características do modelo de gestão por OS – cuja vencedor foi o Instituto Nacional de Ciências da Saúde (INCS), é a celeridade na contratação de funcionários, serviços e compra de materiais e insumos, o que permite adequar mais rapidamente a estrutura do serviço à demanda do momento por atendimento.
“Por isso, o modelo de gerenciamento via OS é interessante para a urgência e emergência, porque é uma área da saúde em que é necessária a agilidade”, explicou a secretária municipal da saúde de Curitiba, Márcia Huçulak.
O novo modelo não significa terceirização dos serviços. O município continua como responsável constitucional pela garantia da prestação dos serviços de saúde. A UPA CIC continua pública, com todo o patrimônio pertencente ao município. Somente o gerenciamento da unidade é feito pela OS selecionada, que é uma entidade privada sem fins lucrativos.